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Por quem torço

Postado por: Marcos Abrucio

Como se sabe, o melhor do futebol é torcer (em segundo lugar, torcer contra). É por isso que, apesar de todas as suspeitas, bandalheiras, cafonices e decepções, quando chega a Copa eu não abro mão de apoiar o meu time – o Brasil-sil-sil.

(Lembrando que cada um tem seu time, ou nenhum time e torce se quiser. Se estiver a fim de torcer contra a seleção, fica a vontade. Valeu.)

Mas ser torcedor é tão bom que na Copa a gente não se esgoela por uma seleção só. Eu, por exemplo, também torço…

1) Pelos EUA.

Sim, pelos ianques imperialistas malditos. Vibrei nos jogos contra Gana e Portugal e sofri quando a Bélgica mandou os ianques imperialistas malditos para casa. Mas não foi só agora. Em toda Copa, estou eu ao lado desses caras:

Por quê? Imagina que você é um excelente jogador de badminton. Campeão mundial, ídolo na Tailândia e Indonésia, o caramba. Só que ninguém na sua rua sabe disso. Ninguém tem a menor ideia do que é badminton. “Peteca? Você joga peteca?”, todos perguntam.

É o que acontece com o futebol. O Brasil é pentacampeão mundial, teve os melhores jogadores de todos os tempos… e os EUA, que controlam a maioria da mídia e da indústria do entretenimento planetário não estão nem aí. “Com os pés? Vocês pegam na bola com os pés?“, eles perguntam.

Eu acredito que quanto melhores os americanos se saírem nas Copas, mais vão amar o esporte. E mais vão dar valor a quem manda nessa droga, nós.

Torcer pelos EUA (o que não é nada fácil, acredite) = torcer pelo Brasil.

Tá dando certo, olha só:

Em vez de futebol americano, futebol.

Em vez de futebol americano, futebol.

Em vez de beisebol, futebol.

Em vez de beisebol, futebol.

Em vez de House of Cards, futebol.

Em vez de House of Cards, futebol.

***

2) Pelos pequenos.

Eu (e todo mundo, admita) sempre torço pelos timecos contra as potências. Não é (só) espírito de porco. É também a emoção de ver que no futebol todos têm chances, mesmo os menores, os mais fracos, os mais toscos, os americanos.

É o que faz deste o mais democrático dos esportes – e por isso mesmo, o mais nobre dos esportes.

Por isso vibramos tanto com zebras como essa:

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3) Pelos Grandes (Craques).

Não, não torci pela Argentina ou por Portugal. Mas não torci contra Messi ou Cristiano Ronaldo, como muitos fizeram.

(Para mim, vaiar a cada vez que eles tocam na bola é inexplicável. Os caras são os melhores do mundo no que fazem, e as pessoas ficam torcendo para eles se ferrarem. É como ir a um show do Eric Clapton e torcer para ele errar uma nota.)

Os gênios do esporte merecem respeito – e sempre tiveram a minha torcida. Nunca torci contra Michael Schumacher, Michael Phelps, Michael Jordan e todos os outros grandes Michaels. Apesar de não serem brasileiros, nunca tive problema nenhum com as hegemonias que eles impuseram. Eles são o que a espécie teve de melhor.

Torcer por eles = torcer pela humanidade.

Ele merece.

Ele merece.

***

4) Pelos goleiros.

Aí é por solidariedade de classe. Mas torci muito pelo interminável italiano Buffon, pelo inacreditável mexicano Ochoa, pelo elástico nigeriano Eneyama, pelo surpreendente argelino Rais e pelo milagroso americano Howard.

Mas não adiantou muito, não. Já foram todos para casa.

Ochooooooooooooaaaaaaaaaaaaa.

Ochooooooooooooaaaaaaaaaaaaa.

Raiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis.

Raiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis.

Hoooooooooooooooward.

Hoooooooooooooooward. 

***

5) Pelas prorrogações e pelos pênaltis.

Quando não é o meu time que está no meio, claro. Mas prorrogação e pênaltis para os outros é um belo refresco. E quanto mais dramáticos, mais sangue e mais ranger de dentes, melhor.

É, nesse caso, acho que é espírito de porco, mesmo.

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Mas eu torço mesmo é…

6) Para essa Copa nunca acabar.

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(foto)

Favoritos para a Copa de 2014

O fim da Copa de 2010 foi também derradeiro capítulo da história de muitos craques nos mundiais. Henry, Gerrard, Cannavaro, Verón e  Forlán provavelmente fizeram suas últimas participações em uma Copa do Mundo. O momento é de renovar as seleções, a começar pelo time brasileiro.

Neymar: cara nova na seleção

No primeiro teste pós-Copa e com a equipe reformulada, o Brasil fez bonito nos 2 a 0 sobre os EUA. Time leve e solto, alegre e eficiente, encheu os olhos do brasileiros e deu a sensação de que dias melhores virão. Neymar, Ganso, Pato e todos os outros convocados mostraram talento e desenvoltura em campo. Resta saber se em 2014 já terão rodagem suficiente para encarar o mundial sem tremer diante da enorme pressão de jogar em casa. O primeiro teste será na Copa América da Argentina, em 2011.

Falando nos hermanos, a seleção albiceleste estreou o técnico Sérgio Batista – dizem, interino – e venceu a Irlanda por 1 a 0. Maradona já havia renovado boa parte da seleção, o que pode facilitar o entrosamento até as eliminatórias da Copa. Outro ponto positivo é a experiência que os jovens como Messi e Tévez adquiriram no mundial da África do Sul.

O próximo amistoso da Argentina será contra a campeã Espanha, que empatou com o México na primeira partida após o título. É verdade que os espanhóis não atuaram com força máxima.

Já a Alemanha encarou a Dinamarca e empatou por 2 a 2. A seleção jovem formada em 2010 ganha experiência e pode render frutos em terras brasileiras.

A Holanda, vice-campeã do mundo, também renovou o time e empatou com a Ucrânia: 1 a 1. Assim como o Brasil, o time laranja tornou-se uma incógnita para apostadores no próximo mundial.

Na Inglaterra, Gerrard  ainda dá sinais de vida e ajudou o time a vencer a Hungria, com direito a golaço no estádio de Wembley. A questão é: Capello vai iniciar já o rejuvenescimento do  time ou vai esperar até o fim da Euro 2012?

Maiores vexames da última Copa, Itália e França continuam decepcionando seus fãs: a reformulada mas ainda envelhecida Azurra perdeu da Costa do Marfim por 1 a 0; em crise pós-Copa, les Bleus perderam para a Noruega por 2 a 1. A seleção veteraníssima do Uruguai fez melhor e venceu Angola por 2 a 0. É possível acreditar que esses times chegarão à próxima Copa com chances reais de título?

A largada para a Copa do Mundo no Brasil foi dada. Espanha e Alemanha aparecem na frente com bons times montados e cheios de moral. As seleções brasileira e argentina prometem se renovar  com qualidade e também entram nas bolsas de apostas como favoritas.

Imprensa internacional enche a bola do novo Brasil

Itália, França, Inglaterra e também Uruguai precisam arrumar a casa para não penar nas eliminatórias diante de seleções cheias de sangue-novo. Tudo isso soa a pura especulação, admito. Mas é o máximo que podemos fazer até chegar o mundial de 2014.

Postado por Flávio Tamashiro

Time Copeiro x Time de Copa

A nova dupla NeyMano.

É inevitável falar do assunto, amigos.

Ainda mais porque, depois de tudo o que já falamos e refalamos neste blog, a reestréia da Seleção Brasileira em New Jersey só aumentou a sensação de fracasso total deixada pela Copa do Mundo deste ano.

Afinal de contas, o que assistimos sorridentes ontem a noite foi um grupo jovem e diferenciado, que entrou em campo decidido a cumprir uma única tarefa: a de jogar bola. E como é bom ver a Seleção jogando bola!

Ver as pedaladas e jogadas em velocidade de Neymar, Robinho e Pato, os passes e a cadência de Paulo Henrique Ganso, a aplicação e técnica de Lucas e Ramires, a qualidade e tranqüilidade de novatos como Thiago Silva e David Luiz; e por aí vai. Até André Santos, questionado antes do mundial da África, foi bem.

Ganso e Pato também brilharam.

Claro que foi apenas uma primeira impressão. Claro que era um amistoso. Óbvio que o grupo de Mano Menezes não será restrito aos atletas que estiveram em campo nos EUA. Mais óbvio ainda que este time não nasceu pronto. Todavia, ficou ainda mais nítida a impressão de que muitos ali deveriam e mereciam ter envergado a camisa verde-amarela dois meses atrás.

Na verdade, para mim e para 99% da população brasileira, ficou ainda mais claro o quanto aquele time copeiro de Dunga precisava de um pouco mais de time de Copa.

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Em tempo: a CBF não tem mesmo senso do ridículo.

Depois de comprar a briga de Dunga e jurar que ia junto com o treinador até o fim dos tempos, a máfia de Ricardo Teixeira aproveitou logo a primeira chance que teve para ridicularizar o ex-treinador.

Em uma política mesquinha de “boa vizinhança”, a Confederação Brasileira de Futebol deu uma camisa da Seleção para o jornalista global Alex Escobar como pedido de desculpas pelo mal entendido durante a Copa.

Ou seja, lavou suas mãos não somente quanto às atitudes de Dunga, quanto ao seu fracasso no torneio. Não que seja algo inesperado, mas também não deixa de ser ridículo.

Postado por: Henrique Rojas.

No lucro

Chico, é você?

Para nós, torcedores brasileiros, vai ser lindo. A Copa de 2014 será no nosso quintal — aliás, se você mora em São Paulo e tem um quintal maiorzinho, avise a FIFA e a CBF: elas ainda estão procurando um lugar para abrigar os jogos na capital paulista… Tsc, tsc, tsc.

Agora, para nós, cidadãos brasileiros… É bom não esperar grandes benesses. Nem estou falando de eventuais desvios, superfaturamentos, estouros de orçamento e outras modalidades de roubalheira do nosso dinheiro. É que, ao contrário do que cartolas e governantes sempre juraram, uma Copa do Mundo talvez nunca consiga dar lucros a quem a sedia.

preju.

A tese é de Simon Kuper e Stefan Szymanski, autores do livro “Soccernomics”, obra que cruza dados, cifras e estatísticas para enxergar de maneira mais esperta o mundo do futebol — lembrou de “Freakonomics”? Na mosca.

O subtítulo é curtinho, não?

Sempre se espera que uma Copa (ou uma Olimpíada) traga melhorias na infraestrutura do país-sede, no seu sistema de transportes, na rede hoteleira, nos índices de emprego, no número de turistas, na imagem perante o mundo. Há ainda a lembrança de Barcelona, que aproveitou a Olimpíada de 1992 para recuperar partes decadentes da cidade e subir no ranking dos maiores destinos turísticos do mundo.

Só que os dois jornalistas fizeram as contas e concluíram que os gastos exigidos pela FIFA (ou pelo COI) são tão gigantescos que o país sempre sai perdendo.

O roteiro se repete: os cartolas querem do pobre país-sede (no nosso caso, pobre mesmo) isenções de impostos, obras viárias gigantescas, uma grande quantidade de vagas em hotéis de luxo, novos aeroportos e, claro, novos estádios, mesmo quando há no local outros em condições de sediar os jogos (alguém aí falou “Morumbi”?).

Tudo isso é muito, muito caro. E, no fim, acaba saindo ainda mais caro: orçamentos iniciais ingênuos ou mal-intencionados normalmente estouram — graças a atrasos, imprevistos, regimes de urgência urgentíssima ou simplesmente quando entram em contato com a realidade.

Assim, a grana que entra não cobre a que sai. Sem contar que o número de turistas muitas vezes é superestimado, os empregos gerados pelo evento são, em sua maioria, temporários e muitas das caríssimas obras viram elefantes brancos. Mais: há quem diga que Barcelona iria se reerguer de qualquer jeito, com ou sem Olimpíada…

Desastre total? Calma, também não é assim. Abrigar uma Copa também tem seus pontos positivos. Entre eles, o impacto que uma competição mundial provoca na auto-estima dos habitantes que a recebem. E também a propaganda planetária que ela faz do país.

Um comercial de 30 dias de duração.” Foi assim que uma dirigente de uma província sul-africana encarou a Copa 2010 quando percebeu que os benefícios econômicos diretos esperados pelo país simplesmente não chegariam. Para os sul-africanos, o jeito será tentar tirar o prejuízo a longo prazo, com os turistas que chegarão no futuro, incentivados pelo que viram na TV no último mês.

A Copa da África do Sul ficou no vermelho nas finanças. E nos campos?

***

É consenso que a seleção brasileira ficou devendo. Mas, para mim, a Copa de 2010 como um todo deixou os apreciadores do futebol no lucro.

E sei que essa opinião não é nenhum consenso.

(Do UOL) Insira aqui sua piada com "futebol-arte"e "arte marcial".

“Que Copinha, hein?” foi uma das frases que mais ouvi no último mês, só atrás de “Ah, Larissa Riquelme…”. Até o Rojas, meu nobre colega aqui no Copawriters, afirmou que a Copa foi morna.

Desculpe, galera, desculpe, Rojas. Mas eu gostei desta Copa. Bastante, aliás. Sim, eu sei que a média de gols foi baixa. Que teve 1 a 0 pra todo lado, que a Espanha não chutava pro gol, que raiva que dava! Sei que os craques chegaram baleados à Copa, que com 32 países a Copa tem muito time ruim.

Mas é que eu meço uma Copa do Mundo de outra forma: pela taquicardia que ela provoca; pelos jogos eletrizantes que ela proporciona.

Nem vou lembrar das Copas no México, em 70 e 86, com tantos jogos inesquecíveis que muita gente séria chegou a propor que todo Mundial deveria ser realizado em solo mexicano… Não, seria covardia. Lembremos de 1994, no EUA. Aquela Copa foi grande, entre muitas outras razões, pelos grandes jogos que ali ocorreram. Sem nenhum esforço, vem à cabeça Brasil x Holanda, Romênia x Argentina, Suécia x Romênia, Itália x Nigéria, Itália x Bulgária… até Arábia Saudita x Bélgica foi legal.

Por outro lado, 2006 foi modorrenta pela falta de futebol e também pela falta de suor no sovaco do torcedor. Jogaço mesmo, só um: a semi entre Itália e Alemanha:

Reconheço que muitos jogos de 2010 tiveram nível mais baixo que as coletivas do Dunga. Mas mesmo algumas peladas fizeram o mais contido dos torcedores se exaltar.

Por exemplo, EUA x Argélia, com o gol da classificação americana no último minuto e uma explosão da torcida ianque como nunca se viu:

Espanha x Paraguai também poderia ter sido na Rua Javari, mas a seqüência de pênaltis perdidos e o gol chorado da Espanha fizeram a adrenalina (naftalina, segundo o Jardel) bater no teto.

Os minutos finais de Itália x Eslováquia foram de arrepiar. Naqueles parcos momentos, os italianos resolveram jogar tudo que não tinham jogado em, sei lá, 4 anos. Levavam de 2 a 0, chegaram a descontar, mas levaram outro gol e, mesmo com a pressão e mais um gol nos acréscimos, acabaram dando arrivederci ao penta. 3 x 2 Eslováquia:

E essas foram as peladas. Não podemos esquecer também dos cinco jogos realmente bons da Copa, já listados pelo Flavio: Alemanha x Inglaterra, Alemanha x Argentina, Holanda x Uruguai, Alemanha x Uruguai e, claro, Uruguai x Gana.

Neste último, vimos uma sucessão de eventos que já virou um dos momentos mais catárticos da história das Copas:

A cabeçada ganesa no último minuto da prorrogação, a defesa de Suárez na linha, a lembrança de que, ei, o Suarez é centroavante, não goleiro!, o pênalti marcado e a expulsão de Suárez, a cobrança do penal já nos acréscimos, enquanto Suarez marchava desolado para o vestiário, a chute de Gyan, o craque de Gana, na trave, o choro de Suárez transformado em êxtase, o beijo na trave do goleiro Muslera, o apito final, a decisão por pênaltis, a cavadinha de Loco Abreu, a volta do Urugual às semifinais depois de 40 anos.

Amém.

Daria um livro.

Uma Copa que proporciona cenas como essas não pode ser fraca, morna, Copinha.

Copona, galera.

***

Espera aí. Não falamos aqui que o Copawriters existiria apenas durante a “Época de Copa”, que vai da hora em que o Brasil se classifica para o Mundial até “os garis varrerem os papéis picados da comemoração do último jogo”?

Pois é, as ruas já estão limpas. “Vuvuzela” e “Jabulani” são termos fadados ao desuso. O polvo Paul e a Larissa Riquelme contam os últimos segundos dos seus 15 minutos de fama (corre, Playboy). E o Copawriters continua aqui.

É que foi muito legal escrever nesse espaço. A Copa é o momento mais bacana do esporte que mais gostamos. O evento que gera a época mais legal que existe acumula um estoque quase infinito de lembranças pessoais, histórias e imagens fantásticas.

Daria para a gente continuar escrevendo sobre isso para sempre… Que seja assim, então.

Ei, e tem outra: o Brasil, claro, está classificado para a próxima Copa. Logo, tecnicamente, já começou outra Época de Copa. Logo, o Copawriters continua na ativa.

As atualizações talvez não sejam tão frequentes. Mas estaremos sempre por aqui, desenterrando histórias esquecidas e inesquecíveis das Copas passadas e contando os minutos para a próxima.

Copawriters, agora em definitivo.

Postado por: Marcos Abrucio

Copawriter na Copa: Os EUA são o time da moda?

A Copa de 2010 marca o início de uma nova era para o futebol nos EUA. A ideia de que os americanos não gostam do soccer se desfaz a cada notícia sobre a crescente audiência do mundial na terra dos ianques. Vídeos com a reação da torcida americana ao gol da classificação para as oitavas de final também mostram que eles acompanham sim o desempenho de sua seleção nos gramados africanos.

Mas é claro que ainda fazem piada sobre a popularidade do soccer em relação a outros esportes americanos.

* * *

18 de junho, tarde de sol em Joanesburgo. O frio e o vento dão uma trégua. Clima perfeito para acompanhar o “clássico” EUA x Eslovênia. No site da Fifa, ingressos esgotados. Já na frente do Ellis Park, cambistas pediam US$ 50 pelo ingresso de categoria 4 – cadeiras atrás do gol. Vi alguns americanos atrás de entradas – fato comum independentemente de quem estivesse jogando.

Ingresso de categoria 4: vida dura atrás do gol...

e olho atento ao telão nos lances capitais

Ao entrar no estádio, foi fácil perceber que a maioria estava lá torcendo pelos EUA. Sim, a maioria dos sul-africanos apoiava a seleção de Landon Donovan. E, claro, também havia um grande número de turistas americanos nas arquibancadas. A cada ataque ianque as vuvuzelas bombavam. Não dá nem para dizer que escolheram torcer pelo mais fraco, já que o futebol das duas seleções se equivale. Só os próprios eslovenos e alguns brasileiros pareciam apoiar o time da camisa alviverde do Charlie Brown.

Torcida eslovena no estádio: como se diz no brasil, cabe em uma Kombi

O jogo foi emocionante, teve 4 gols marcados, várias chances desperdiçadas e um gol mal anulado pela arbitragem – se algum time pode reclamar da arbitragem nessa Copa, esse time é o dos EUA. No fim do jogo, empate: 2 a 2. Os gritos de “USA, USA!” ecoavam pelo Ellis Park. Um desavisado poderia achar que eles são o time da moda, os atuais herdeiros do futebol-arte.

A verdade é que o mundo simplesmente admira os americanos. Sua força econômica e esportiva tem fãs ao redor do planeta. Mas e o propagado antiamericanismo? Só marcou presença nos gritos dos poucos que torciam contra o time de Landon Donovan. Coisa de brasileiro…

Brasileiros apoiam o time da camisa alviverde do Charlie Brown

Postado por Flávio Tamashiro