Quando comecei a gostar de futebol, adivinhe em qual posição jogava um dos meus maiores ídolos?
Errou. Ele era volante. Ou cabeça-de-área, como se dizia na época. O grande Andrade tinha uma classe que poucas vezes vi nas quatro linhas. Ele não parecia correr. E assim, sem aparentar esforço algum, dominava o meio de campo. Desarmava o adversário como se estivesse passeando no calçadão de Ipanema. E dos seus pés saía sempre um passe perfeito. Pra frente, não pro lado. Aliás, não lembro de ter visto o Andrade errar um passe.
Ele não teve muita chance na seleção. Na sua época, jogava por ali um tal de Falcão, que foi um dos melhores de todos os tempos.
Um genial volante do Brasil já teve a honra de ser escolhido como o melhor jogador de uma Copa do Mundo. Foi Didi, em 58, quando surpreendeu o mundo com seu chute “Folha Seca” e ganhou o apelido de “Mr. Football”.
Na frente da área da seleção brasileira já jogaram também Zito e Clodoaldo, que marcavam o adversário e também marcavam gols importantes. Zito fez um na final da Copa de 62, contra a Tchecoslováquia. Clodoaldo, num lance de rara inteligência, trocou de posição com Gerson, que estava muito marcado, e chegou livre ao ataque para empatar o jogo, na duríssima semifinal de 70 contra o Uruguai.
Portanto, nada contra os volantes. Desde que sejam grandes jogadores e tenham uma função importante dentro do grupo.
Não é o caso dos prováveis convocados pelo nosso técnico para a Copa. Então, pra quê levar tantos?
Engrosso o coro: #tiraumvolante, Dunga. E leva o Gaúcho!
Postado por Rodrigo Mendonça.
O Adrade bem que podia ler esse texto e tirar um volante da lista da Libertadores tb, né? rsss Mto boa, Mendonça!
Pingback: ¡Las Diez Más! « Copawriters