É inevitável falar do assunto, amigos.
Ainda mais porque, depois de tudo o que já falamos e refalamos neste blog, a reestréia da Seleção Brasileira em New Jersey só aumentou a sensação de fracasso total deixada pela Copa do Mundo deste ano.
Afinal de contas, o que assistimos sorridentes ontem a noite foi um grupo jovem e diferenciado, que entrou em campo decidido a cumprir uma única tarefa: a de jogar bola. E como é bom ver a Seleção jogando bola!
Ver as pedaladas e jogadas em velocidade de Neymar, Robinho e Pato, os passes e a cadência de Paulo Henrique Ganso, a aplicação e técnica de Lucas e Ramires, a qualidade e tranqüilidade de novatos como Thiago Silva e David Luiz; e por aí vai. Até André Santos, questionado antes do mundial da África, foi bem.
Claro que foi apenas uma primeira impressão. Claro que era um amistoso. Óbvio que o grupo de Mano Menezes não será restrito aos atletas que estiveram em campo nos EUA. Mais óbvio ainda que este time não nasceu pronto. Todavia, ficou ainda mais nítida a impressão de que muitos ali deveriam e mereciam ter envergado a camisa verde-amarela dois meses atrás.
Na verdade, para mim e para 99% da população brasileira, ficou ainda mais claro o quanto aquele time copeiro de Dunga precisava de um pouco mais de time de Copa.
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Em tempo: a CBF não tem mesmo senso do ridículo.
Depois de comprar a briga de Dunga e jurar que ia junto com o treinador até o fim dos tempos, a máfia de Ricardo Teixeira aproveitou logo a primeira chance que teve para ridicularizar o ex-treinador.
Em uma política mesquinha de “boa vizinhança”, a Confederação Brasileira de Futebol deu uma camisa da Seleção para o jornalista global Alex Escobar como pedido de desculpas pelo mal entendido durante a Copa.
Ou seja, lavou suas mãos não somente quanto às atitudes de Dunga, quanto ao seu fracasso no torneio. Não que seja algo inesperado, mas também não deixa de ser ridículo.
Postado por: Henrique Rojas.