Grandes craques que todo mundo esquece – Parte I

A história é cruel, amigos. E a história do futebol, apesar de mais habilidosa, não foge à regra.

A prova maior disso é que, querendo ou não, só os vencedores são lembrados. Pergunte a qualquer transeunte sobre Pelé, Maradona, Zidane, Ronaldo ou Beckenbauer e você certamente rebecerá votos e mais votos de aceitação. Mas e aqueles que não venceram? E aqueles que jogaram muito, mas ficaram pelo caminho?

É por eles que farei este post. Pelos craques que marcaram minha história com as Copas, mas não figuram nem na copa dos grandes salões da FIFA. Uni-vos, esquecidos!

LUIS ENRIQUE
A fama da Espanha você conhece: chega bem, chega sobrando e, em algum momento antes da final, acabam dizendo “chega” pra ela. Mas um jogador que carrego na lembrança é ele: Luis Enrique. Meia guerreiro, Luis jogou pelo Real Madrid, o trocou pelo arqui-rival Barcelona, foi medalha de ouro em Barcelona/92 e disputou três Mundiais (94/98/2002).

"tem alface no meu dente, professor?"

A cena mais marcante dele ocorreu nos Estados Unidos, quando, de camisa branca, saiu sangrando uns dez litros diante da Itália. Era bom de bola, mas ninguém lembra.

GHEORGE HAGI
Pra mim, no time dos canhotos habilidosos tem que ter Hagi. Capaz de bater na bola como poucos, destruiu na Copa de 1994 e não a toa ficou conhecido como “Maradona dos Cárpatos”. Momento inesquecível: as oitavas-de-final diante da Argentina, com vitória por 3 a 2 e gol do baixinho – é claro.

baixinho, canhoto, camisa 10, mas sempre passou no doping

O problema é que a Romênia é a Romênia e ninguém lembra do cara.

HRISTO STOICHKOV
Dono de uma personalidade forte e um futebol ainda mais forte, o búlgaro deu show não só na Copa como no Barcelona de Romário. Aquela Bulgária de 94 parou só na Itália, que, por sua vez, parou no Brasil – sim, o Baixinho vingou seu companheiro de clube.

não, o carequinha era o Letchkov

Se você lembra dele eu não sei, mas o cara jogava demais.

CARLOS GAMARRA
Obviamente, se você é brasileiro, tem mais de 15 anos e gosta de futebol, vai se lembrar de Gamarra. É, aquele do Corinthians (relaxa, Gama, todos erram nas escolhas). O legítimo paredão paraguaio na Copa de 1998 ficou “somente” 4 partidas sem fazer falta alguma, sendo eleito o melhor da posição no Mundial da França.

para quê? paraguayo!

Eu, como bom zagueiro, preciso admitir: Tonhão era gênio, mas você, Gamarra, era o cara.

E se você pensa que são só esses, segura a emoção. Não falei ainda de Bergkamp, Suker, nem Okocha – sim, Jay Jay Okocha. Aguarde.

Postado por: Henrique Rojas.

7 Respostas para “Grandes craques que todo mundo esquece – Parte I

  1. Me lembro da solidão do Nedved naquele time da Rep. Tcheca de 2006. E do Mijatovic. Craque que deu o azar de ter que defender a Iugoslávia. Aquele time era tão apático que, até na hora de ser desclassificado, ele teve que resolver e perder um pênalti.

  2. Ricardo Salgado

    Faltou também um jogador, que apesar de ter sido 3º goleiro em duas Copas, é sem dúvida alguma o melhor goleiro de toda a história do futebol mundial: Rogério Ceni.

    Sempre lembrando que o mito, a lenda, é até hoje o único jogador que atua na América do Sul a concorrer o prêmio de melhor jogador do ano da revista France Football.

    • O Rogério sustenta, orgulhosamente, sua média de um frango constrangedor por jogo. Sendo a Copa do Mundo um torneio tão curto, não me parece a melhor competição para se levar um jogador com o único, porém nobre, propósito de divertir as torcidas adversárias.

  3. Ricardo Salgado

    Me lembro bem de Stoichkov. Principalmente da cara de bunda que fez ao ver o Rei Raí marcar duas vezes contra o seu meia-boca Barcelona na final do Mundial de 1992.

    Aliás, nesse mesmo ano o São Paulo já havia batido o Barça por 4×1 no Teresa Herrera.

    1,2,3, Barcelona é freguês.

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