Zagueiro-zagueiro

 A história das Copas é repleta de jogadores que queimam as nossas línguas. E se tem um jogador que me fez colocar a língua em uma grelha do Fogo de Chão nesses últimos anos, este jogador é Lúcio.

Zagueiro criado nas canchas gaúchas, Lucimar da Silva Ferreira apareceu no Inter de Porto Alegre. Sósia do mordomo da Família Adams e dono de um estilo de beleza parecida, trouxe consigo o preconceito que todos os xerifões trazem: o de bater demais e jogar de menos. E talvez tenha sido isso que o levou para jogar na Alemanha, onde em pouco tempo se destacou por Bayer Leverkussen e Bayern de Munique.

Daí você dirá: “Alemanha? Lá o Bordon é craque!”. Ponto pra você, mas eu retrucarei: “E o Bordon joga muito também na Seleção?”. E você dirá: “Michael Owen que o diga lá em 2002”. E então eu serei obrigado a te lembrar que, desde aquela falha, fica difícil lembrar de outra do nosso camisa 3.

Vai encarar, Drogborges?

Sensação agora da Inter de Milão, Lúcio foi um dos poucos a se salvar do fracasso de 2006 (junte-se a ele Juan, a melhor dupla de zaga desde 1994) e tem feito jogos perfeitos na Itália – seja no Calcio ou na Champions League. E nunca é demais esquecer daquele golzinho salvador com a Amarelinha diante dos EUA, ano passado, no título da Copa das Confederações – fibra e disposição oficiais de quem sua sangue pela vitória.

Como diria meu amigo Maurício Bouzon, quando Lúcio nasceu sua mãe perguntou:
– E então, doutor, é menino ou menina?
– É zagueiro, dona.

Que venham Drogba, Cristiano Ronaldo ou Messi. Salve o nosso capitão em 2010!

Postado por: Henrique Rojas.

4 Respostas para “Zagueiro-zagueiro

  1. O Lúcio é um autêntico representante do anti-futebol. Exaltar um jogador assim é mais ou menos como assistir a uma final de Roland Garros entre Federer e Nadal e torcer para a rede.

    • De novo: Lúcio é zagueiro. Não tem a função de um camisa 10 ou um meia armador. As Seleções de 70 e 82, por exemplo, também tinham, que ter zagueiros.

      E, falando em zagueiro, Lúcio é grande jogador.

      Monte um time com 10 “Messis” e veja o que aconteça…

  2. Ricardo Salgado

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    Gosto do Lúcio.

    Não é nenhum Oscar, nenhum Dario Pereyra, nenhum Dios Lugano, mas é bom também.
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